16/01/2018 10:38
60% dos ataques hackers nas indústrias são por busca de propriedade intelectual, afirma pesquisa da Aon
Com a tecnologia cada vez mais presente no dia a dia das empresas e com o aumento de casos de ataques hackers dos mais variados tipos, a percepção dos empresários de todos os setores para o risco cibernético vem aumentando consideravelmente. O risco cibernético já é o 5º maior fator de preocupação, de acordo com a Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos, da consultoria e corretora de seguros Aon.
Na indústria, a exposição ao risco cibernético inclui: roubo de informações estratégicas, vazamento da base de dados de clientes e fornecedores, e até interrupção das atividades. De acordo com o levantamento, 60% dos ataques hackers realizados contra indústrias são por busca de propriedade intelectual.
Leia também: Brasil é o segundo país que mais perde dinheiro com crimes cibernéticos
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Dinheiro vivo de ônibus, bares e mercados alimentaram caixa dois de empresas
A PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) tem um curso de especialização sobre Direito da Propriedade Intelectual. O advogado criminalista Rodrigo Falk Fragoso, sócio do Fragoso Advogados, é um dos professores do curso, que tem duração de 18 meses. As próximas aulas começam em março. Inscreva-se aqui.
Pesquisa
“Como o setor produtivo industrial investe fortemente em Pesquisa e Desenvolvimento, o risco de espionagem industrial é grande. E a tecnologia facilita a ação dos criminosos”, explica Adriano Almeida, diretor de Produtos Financeiros da Aon Brasil.
Outros 34% dos casos de ataques hackers contra indústrias são realizados utilizando um tipo de malware conhecido como crimeware. “Com esses códigos maliciosos, os criminosos obtêm acesso a dados financeiros dos usuários de uma rede de computadores”, explica Adriano Almeida. Os demais casos são por uso indevido dos funcionários de informações da empresa (5%) e ataques por aplicativos de web (1%).
De acordo com o Symantec, o setor industrial é um dos principais alvos de ataques cibernéticos, com probabilidade de que uma em cada três empresas seja vítima desse tipo de ação. Segundo o Kaspersky Lab, 21% das indústrias realmente sofreram perdas de propriedade intelectual em 2016.
Um estudo do Instituto Ponemon aponta que um evento desse tipo em uma indústria com 400 funcionários impacta, em média, 28 mil registros, gerando um custo estimado em US$ 1,7 milhão. “Isso em apenas um caso. A Associação Nacional de Fabricantes, dos Estados Unidos, estima que a concorrência desleal causada por softwares roubados gerou perdas da ordem de US$ 240 bilhões entre os anos de 2002 e 2012. Depois desse período, o risco cibernético continua aumentando”, explica o diretor da Aon.
Apesar de as apólices de seguros atuais possuírem algumas coberturas relacionadas, apenas a apólice de risco cibernético prevê situações específicas de ataques hackers e vazamentos de informações.
“O seguro de Responsabilidade Civil, por exemplo, cobre danos pessoais e materiais, mas não perda financeira. O seguro de Erros e Omissões muitas vezes contém exclusões para vazamento de dados. O seguro Patrimonial cobre apenas bens tangíveis, logo, exclui dados. E o seguro contra Crime tem cobertura apenas para ação de funcionários e restrita a valores, títulos e propriedades tangíveis”, detalha Adriano Almeida.
Na indústria, a exposição ao risco cibernético inclui: roubo de informações estratégicas, vazamento da base de dados de clientes e fornecedores, e até interrupção das atividades. De acordo com o levantamento, 60% dos ataques hackers realizados contra indústrias são por busca de propriedade intelectual.
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A PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) tem um curso de especialização sobre Direito da Propriedade Intelectual. O advogado criminalista Rodrigo Falk Fragoso, sócio do Fragoso Advogados, é um dos professores do curso, que tem duração de 18 meses. As próximas aulas começam em março. Inscreva-se aqui.
Pesquisa
“Como o setor produtivo industrial investe fortemente em Pesquisa e Desenvolvimento, o risco de espionagem industrial é grande. E a tecnologia facilita a ação dos criminosos”, explica Adriano Almeida, diretor de Produtos Financeiros da Aon Brasil.
Outros 34% dos casos de ataques hackers contra indústrias são realizados utilizando um tipo de malware conhecido como crimeware. “Com esses códigos maliciosos, os criminosos obtêm acesso a dados financeiros dos usuários de uma rede de computadores”, explica Adriano Almeida. Os demais casos são por uso indevido dos funcionários de informações da empresa (5%) e ataques por aplicativos de web (1%).
De acordo com o Symantec, o setor industrial é um dos principais alvos de ataques cibernéticos, com probabilidade de que uma em cada três empresas seja vítima desse tipo de ação. Segundo o Kaspersky Lab, 21% das indústrias realmente sofreram perdas de propriedade intelectual em 2016.
Um estudo do Instituto Ponemon aponta que um evento desse tipo em uma indústria com 400 funcionários impacta, em média, 28 mil registros, gerando um custo estimado em US$ 1,7 milhão. “Isso em apenas um caso. A Associação Nacional de Fabricantes, dos Estados Unidos, estima que a concorrência desleal causada por softwares roubados gerou perdas da ordem de US$ 240 bilhões entre os anos de 2002 e 2012. Depois desse período, o risco cibernético continua aumentando”, explica o diretor da Aon.
Apesar de as apólices de seguros atuais possuírem algumas coberturas relacionadas, apenas a apólice de risco cibernético prevê situações específicas de ataques hackers e vazamentos de informações.
“O seguro de Responsabilidade Civil, por exemplo, cobre danos pessoais e materiais, mas não perda financeira. O seguro de Erros e Omissões muitas vezes contém exclusões para vazamento de dados. O seguro Patrimonial cobre apenas bens tangíveis, logo, exclui dados. E o seguro contra Crime tem cobertura apenas para ação de funcionários e restrita a valores, títulos e propriedades tangíveis”, detalha Adriano Almeida.