‘Saia da minha cidade se você trabalha com drogas ou outros crimes. Porque se não sair, eu vou matá-lo!’

É sem meias-palavras e ignorando todos os protestos da comunidade internacional e de países como os EUA que o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, está levando ao extremo a “Guerra às Drogas”. Entre julho, quando assumiu, e janeiro, mais de 7 mil pessoas foram assassinadas – mil por mês.

As mortes são atribuídas à polícia e a grupos de extermínio. Com autorização explícita para matar da principal autoridade do país de 98 milhões de habitantes, os homicídios se multiplicaram. No Rio de Janeiro, estado com o maior número de pessoas mortas pela polícia historicamente no Brasil, por
exemplo, o recorde foi de 1330 autos de resistência em um ano, 2007.

Duterte foi eleito sob a promessa de acabar com as drogas no país. A substância mais usada nas Filipinas é a metanfetamina, chamada de shabu. Há acusações contra policiais de extorsão, roubos e plantação de provas ilegais.

A pena de morte para crimes relacionados a drogas está sendo discutida no Congresso. Dois brasileiros estão presos no país.

“São três milhões de usuários de drogas. Eu ficaria feliz de massacrá-los”, afirmou Duterte, em discurso. Veja aqui esta impactante reportagem em documentário do New York Times.