Editorial de O Estado de S. Paulo critica o jornalismo baseado em declarações do Ministério Público e não em provas verificadas por repórteres. A busca incessante pelo “furo” jornalístico pode levar a erros de informação.
O Ministério Público é parte dos processos e, embora tenha uma nobre missão, nem sempre está certo. No caso da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, por exemplo, uma falha grave do MPF e da Polícia Federal permitiu que uma gravação com tal teor explosivo tenha sido anexada aos autos sem perícia.
A imprensa é fundamental para a democracia e para tornar públicos fatos relevantes para o país. Não pode, sem análise crítica ou acesso às provas, servir como instrumento para propagar um lado da questão.