Ex-tenente-coronel da Marinha e assessor do presidente Ronald Reagan, Oliver North será o próximo presidente da Associação Nacional do Rifle (NRA). Ele foi figura central do escândalo de venda de armas ao Irã pela libertação de reféns durante o mandato de Reagan, na década de 80.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (7). North assumirá o comando da organização nas próximas semanas.
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Enquanto trabalhava no Conselho de Segurança Nacional nos anos 1980, North esteve envolvido no caso de venda de armas ao Irã apesar do embargo que havia contra o País. A administração Reagan esperava que a venda facilitasse a libertação dos americanos mantidos como reféns no Líbano.
Os lucros desta negociação foram enviados para os rebeldes anti-sandinistas, os Contras, na Nicarágua. O tenente-coronel admitiu que desprezara a Constituição em defesa da “liberdade” na América Central e de reféns americanos nas mãos de extremistas islâmicos.
Em 1989, North foi condenado por três acusações. No entanto, em 1991, a decisão foi anulada.
Atual presidente da Associação Nacional do Rifle, Pete Brownell, decidiu não tentar um segundo mandato. O vice-presidente executivo e CEO da NRA, Wayne LaPierre, deu as boas-vindas à escolha por North.
“Oliver North é um lendário militante pela liberdade da América, um comunicador talentoso e líder habilidoso. Nos tempos atuais, não consigo pensar em ninguém melhor para ser nosso presidente”, disse LaPierre.
Aos 74 anos, North é autor de muitos livros best-sellers e trabalhou como comentarista conservador na Fox News desde que se aposentou do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.
Sua nomeação para comandar a NRA ocorre em um momento em que o movimento liderado por estudantes por leis mais rígidas sobre armas de fogo ganha força. A campanha pelo controle de armas foi lançada por estudantes de uma escola na Flórida, onde 14 alunos e três adultos foram mortos a tiros por um ex-colega de classe em 14 de fevereiro.
Durante um discurso na reunião anual da NRA, na semana passada, o presidente Donald Trump rejeitou os pedidos por leis mais rigorosas sobre armas.
Fonte: The New York Times