No mês em que o Brasil assumiu oficialmente a terceira população carcerária do mundo, com 715.655 presos, ultrapassando a Rússia, o CNJ traz uma boa notícia. As audiências de custódia, que ocorrem até 24h após a prisão, desde fevereiro de 2015, permitiram que 45.500 pessoas autuadas em flagrante respondessem em liberdade.
Uma pesquisa do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDD), que analisou as audiências de custódia em São Paulo, revela que 90% das audiências de custódia tratam de crimes patrimoniais, como roubo, furto e receptação, e tráfico de drogas.
O estudo definiu o perfil do preso nas audiências de custódia em São Paulo: 95% são homens, 62% negros e 75% só concluíram o ensino fundamental; 80% dos não têm renda mensal ou ganham entre um e dois salários mínimos; só 5% tiveram a presença de advogado na delegacia, no momento do auto de flagrante delito.